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Opera​ç​õ​es Psicol​ó​gicas

by Reles Córtex

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1.
Peguei da máquina da felicidade paliativa A luz que emancipava agora vai me entreter Já me confundo se eu vivo minha própria vida Ou me interesso com outras histórias de viver E tanto faz Já é tarde de mais Se é bom para todos é bom pra mim Máquina da felicidade é extensão do meu ser Todos sabem o que acontece com você E eu não ligo que regrem minha vida emotiva Eu acredito que sou livre: tantas ofertas a escolher Também estou certo que tenho as rédeas da minha vida Mas o mercado sempre diz o que é o melhor pra mim Mas tanto faz Isso me satisfaz Se não posso ver, já não posso sentir Máquina da felicidade é extensão do meu ser Todo mundo sabe o que irá acontecer Máquina da felicidade é extensão do meu ser Todos sabem o que é melhor para você
2.
Dever-Ser 01:04
O que devo falar? O que devo vestir? O que devo fazer? Quando eu devo sorrir? O que devo sentir? Acredito no sentido Das coisas que digo Ou só reproduzo asneiras? Minha vida é minha, não é de mais ninguém Quero saber: essas ideias de onde vêm? Qual é meu devir? No que acreditar? O que eu vou dizer? Se eu não quero escutar? Apaixonado pela vida Mas rezo pelo pós-morte Minha mente dói E eu não quero entender Minha vida é minha ou vem de outrem? Quero saber: essas ideias de onde vêm?
3.
Manada 01:28
Em comunhão Todos para o mesmo lugar Em confusão Como se o mundo fosse acabar Em direção Como quem foge ao lar Alienação O bom pastor irá lhes guiar Corram! Conformação Não pense no que ocorrerá Divagação Cuidado para não tropeçar Limitação Não é preciso mais que o elementar Libertação Penhasco à frente, mas ninguém vai notar Corram! Penhasco à frente, mas ninguém vai notar (Corram!) Penhasco à frente, mas ninguém vai notar (Corram!) Penhasco à frente, mas ninguém vai notar (Corram!) Penhasco à frente, mas ninguém vai notar Corram!
4.
Vala Funda 00:51
Boca de sebo Mente vazia Fala, geme, grita Maldita agonia Tanto vomita Verborragia Melhor então seria Viver em afasia
5.
Modernidade venha ao meu prazer Traga as armas que outrora não havia de ter Sem mais nada que possa me subjugar O caminho é livre na busca pelo que virá Mas eu mesmo me canso de ser um balanço Me faço de laico, eu sou um mosaico De peças quebradas que nunca irão se encaixar E no intento formar um raro paladar De aço me faço, dançando pelos andaimes Me passo de palhaço, mas nunca ouvira rir Quem me dera não ser tão inconstante, Imerso num irrefletido devir Então me traga um paliativo-para-estancar-essa-dor De ser um ator, seja como for, Que mantivesse meu sonhar, Que mantivesse a catatonia de viver sem desgosto, Ou que fizesse ejacular Minha alma pra fora deste mundo Onde o amanhã nunca virá Mesmo que seja infecundo Melhor lugar ainda será
6.
Espantalho 01:56
Amarro-me ao mastro Tiro a cera dos ouvidos Ouço o canto das sereias Sob a luz do luar Pra descobrir o fogo E aquecer as minhas ideias Mas monto a fogueira Que irão me atear Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Cedo-me aos grilhões De boa vontade Afinal já me é tarde Todo o Esclarecimento Subo no cadafalso Abraço o meu carrasco Em meu pescoço faço um laço Aliviarei todo o tormento Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Faço tudo o que meu mestre mandar Faço tudo o que meu mestre mandar Faço tudo o que meu mestre mandar Faço tudo o que meu mestre mandar Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Crio sanguessugas Deixo-as me sugar Crio meus corvos Acabo sem meus olhos Não!
7.
O palco já está formado E o tolo adora brincar de rei Pra uma horda de abobados Conspirando em nome da lei "Cerre a cortina e apague as luzes Não é preciso mais encenação Pra essa peça já tem quem aplaude Com meu caos e desinformação" Construindo sua verdade com toda a convicção Em nome da liberdade e com respeito à tradição Não exige muito de você, aceite e evite pensar Ignore o que acontecer e não ouse contrariar "E conhecereis a verdade, E a verdade vos libertará" Tenha fé antes que seja tarde Acredite em tudo que escutar "Chega! Basta! Não fale mais nada! A autoridade, sou quem manda aqui Queime os livros, vigie a manada Deixe apenas o mercado fluir" Sem respeito ou dignidade vai fazer o que quiser Por cima da cidade, da Sophia, e agora José? E agora já é tarde pra chorar o leite azedo Deram luz à insanidade, com seu ódio e seu medo La la la la la la la La la la la la la La la la la la la la
8.
Excêntrico 01:47
Gostamos do excêntrico e de mentiras bem contadas Do entusiasmo além da estrada ao ver o circo queimar Alivia o desespero de nosso frágil existir Não tem como resistir. Esse é nosso lugar Tentar escapar é a mais falsa quimera Crie um inimigo em comum, dissemine o ódio e a intolerância A raiva queima mais rápido do que o amor Assim nos mantemos unidos em todas nossas convicções Extravagâncias, repugnância Tranque bem os seus portões Pra além dessa fronteira só há monstros à espera Máquina da felicidade virou caixa de Pandora E a esperança de outrora mudou-se para fora. Virou-se e foi embora. Tão logo a incerteza chegou Do ópio fez o seu clamor
9.
Vida é competir Vida é produzir Somos meios de um fim Não há revolta Não há mais volta Aprendemos a sorrir Tudo torna um ensejo Nossa vida descartável Alienado de si mesmo Nada é feito para nós Vida é competir Vida é produzir Somos meios de um fim Não há revolta Não há mais volta Aprendemos a sorrir Tudo torna um ensejo Nossa vida descartável Alienado de si mesmo Nada é feito para nós Vida é competir Vida é produzir Vida é destruir (Nada é feito para nós) Vida é consumir Vida é curtir Vida é consentir (Nada é feito para nós) Vida é repetir Não tem como fugir A vida é assim (Nada é feito para nós) Não há revolta Não há mais volta Nada é feito para nós
10.
Sua Imagem 01:47
Penso em você E cogito em que Eu posso fazer Para nos tirar Dessa situação mordaz Como o tempo pode assim retroceder Se o futuro está muito em nossas mãos? Penso em você E espero poder Esboçar um sorrir Seja de alegria Ou de inquietação Veja as ondas subindo com a maré Leva embora tudo que alguém criou Penso em você Só não depende de mim O que se pode fazer Para nos tirar Dessa situação mordaz... Penso em você E eu já nem sei porquê Penso em você e só queria esquecer Penso em você em cada dia mais e mais... Sai já daqui!
11.
Rio Preto 02:02
O rio tá preto, tá cheio de pedra Ainda há muito que resta em perda Da salubridade, da mentalidade Salvação esperada para essa cidade Somos tão singelos, mas pensamos grande Rumo ao passado, certo e operante Livres pra pensar dentro da gaiola De ferro, o ego, enquanto lá fora Mais um dia: sobreviver. Trabalho árduo, sem porquê Não há tempo de esperar. Aqui não é nosso lugar Átomos e verticais, indivíduos ideais Cinzas caem e formam o rio de uma cidade que sucumbiu O rio tá preto, tá cheio de cinzas D'almas queimadas, corações em ruínas Vínculos frágeis, relações destiladas Narcisismo hedonista, uma nova cilada Mentes cansadas, corpos alinhados Fechando a meta ao pensar no salário No fim de semana, no fim de um mês O ciclo repete, torna-se freguês Mais um dia: entreter. Esperamos à mercê De uma causa salutar, sem saber onde a encontrar Átomo e deslocal, indivíduo racional Cinzas sobem e formam o céu na cidade de Babel
12.
Epílogo 01:30
Nossa subida é árdua E possui uma estrada Que não leva a lugar nenhum Pois no fim não há erros, Não há céu não há infernos, Não há mundo algum Cansado de sermões, Cansado de canções, Ninguém sabe de nada Nossa liberdade é falsa, Nem tudo é uma valsa, Em que acreditar? Nessa vida sem sentido, Maldita seja a libido Dê-me razão a minha vazão

about

"Operações Psicológicas" é o resultado da vontade de botar pra fora tudo que foi acumulado desde as eleições brasileiras de 2018.

Epígrafe: "É melhor ser Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito" (John Stuart Mill)

Composições - Jul2018-Jan2021
Gravações - Jun2020-Jan2021

Violão e voz - Matheus Moura
Participação vocal na faixa "Epílogo" - Lais Natalino

credits

released February 18, 2021

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Reles Córtex SP, Brazil

Punk Acústico - DIY
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